A instalação de uma antena rádio difusão no Santa Cruz gerou uma grande repercussão entre os moradores do entorno, em especial pela insegurança que poderia causar. Tanto que um abaixo-assinado foi criado e já conta com mais de 200 assinaturas pedindo a retirada do equipamento. E, mesmo com uma decisão do Tribunal de Justiça exigindo a retirada e a paralisação das suas atividades, ela segue em funcionamento.
Um incômodo até mesmo para o secretário de Desenvolvimento Urbano da Prefeitura, Nivaldo Panossian. “Aquilo me incomoda profundamente, mas torres de rádio transmissão são necessárias”, disse durante reunião com vereadores na segunda-feira (20).
E essa não foi a única torre instalada em Salto. Segundo o secretário, seis equipamentos difusores de sinais, semelhantes ao do Santa Cruz, foram instalados em outras regiões da cidade. A antena do Santa Cruz, porém, foi a única alocada em uma área pública. A decisão para a utilização da área pública, entretanto, foi do setor Jurídico da Prefeitura de Salto.
“Infelizmente essa torre foi construída próxima de um cidadão que mora nos Estados Unidos, que se irritou e criou essa celeuma toda. Se essa torre tivesse sido construída a 200 metros de distância, numa área popular, teria a mesma repercussão?”, questionou o secretário.
Conforme explicou Nivaldo, em Salto são 20 torres de rádio difusão ou difusora de sinal telefônico espalhadas pelo município.
Além do problema, o secretário falou sobre a construção de um parque urbanístico que deve compreender uma extensa área, desde a Avenida Getúlio Vargas, passando pelo Córrego do Ajudante, onde seria criado um lago que deve ser utilizado como reserva de água bruta, chegando até a região da Rua John Kennedy. “É um projeto ambicioso e importante, com ramificação de aproveitamento de fundos de vale. Meu sonho é entregar esse projeto nos próximos meses”, afirmou. Toda a obra custaria cerca de R$ 2,9 milhões, custeada com as compensações de impacto urbanístico provenientes de novos empreendimentos.