O presidente da Comissão Especial de Inquérito da Câmara, a chamada CEI dos Contratos Emergenciais na Saúde, Antônio Cordeiro (PT), disse que vai se reunir nos próximos dias para fazer o relatório final, mas vê crime na atuação da Prefeitura. “Nas documentações que a Prefeitura mandou faltam uma série de informações, entre elas, a pesquisa de preços, que não existe em nenhum dos contratos emergenciais. Isso é crime, inclusive. Temos um contrato fechado por 100 mil (reais) a mais do que a proposta, sem nenhuma justificativa”, disse.
A CEI dos Contratos Emergenciais na Saúde ouviu em audiência pública na quarta-feira (20) o secretário de Saúde, Márcio Conrado; o ex-secretário Fábio Roberto Sartório; o vice-presidente da Comissão Técnica de Contratação Emergencial de Gestão Hospitalar, Mauro Takanori Okumura; e a controladora geral do município, Vivian Lopes Jorand. O objetivo era que esclarecessem dúvidas da comissão a respeito dos contratos emergenciais feitos pela Prefeitura na gestão do Hospital Municipal.
Os ouvidos explicaram detalhes sobre a contratação das empresas, a não realização de um edital para a contratação efetiva, a formação e a participação da comissão técnica criada para analisar os contratos, além de possíveis gastos irregulares, mas não convenceram o presidente da comissão.
Durante os questionamentos, o secretário Márcio Conrado falou sobre o pagamento de R$ 700 mil que sua pasta precisou fazer por um erro de anos atrás. “A Secretaria de Saúde teve de devolver 700 mil reais porque um gestor anterior (do Hospital Municipal), o São Camilo, fez pagamentos errados no convênio do AME. Isso foi lá em 2014 ou 2015. Fomos atrás de documentos e apresentamos esclarecimentos, mas a responsabilidade ficou com a gente”.
Além de Cordeiro, a Comissão conta com Daniel Bertani (PSD), Vinícius Saudino (PSD) e José Benedito de Carvalho (Solidariedade), o Macaia. Esse último não compareceu por estar com dengue.