A Câmara de Vereadores de Indaiatuba acaba de concluir os trabalhos de uma Comissão Parlamentar de Inquérito que investigou as razões para as quedas e interrupções no fornecimento de energia na cidade e responsabilizou integralmente a CPFL Piratininga.
De acordo com o relatório assinado pelo vereador Othniel Harfuch (União Brasil), que o PRIMEIRAFEIRA divulga nesta edição, a empresa não fez os investimentos necessários em infraestrutura e isto levou aos problemas que geraram a investigação.
Não é preciso realizar um trabalho semelhante em Salto, onde a concessionária é a mesma, para se verificar que as razões apontadas em Indaiatuba também ocorrem na cidade e, por consequência, da mesma maneira os transtornos aos usuários.
Registre-se que são as pessoas jurídicas, tanto na indústria quanto no comércio, as que mais sofrem com quedas e interrupções. Isto porque elas perdem produtos ou vendas conforme o caso ou ambas muitas vezes e não há um ressarcimento desse prejuízo.
O problema afeta também os Microempreendedores Individuais, que muitas vezes têm o seu cadastro como pessoas físicas. Mesmo o cidadão, que não depende da energia para produção ou comercialização, sofre com a deficiência da empresa.
É preciso que os vereadores chamem a CPFL Piratininga para uma conversa mais séria. Não há necessidade de uma investigação como ocorreu em Indaiatuba, mas a providência é necessária. No mínimo para ajustar as prioridades que devem ser atendidas.
A companhia já prometeu investimentos e cuidado mais apurado com a questão, mas ainda não cumpriu. É inadmissível que o serviço seja relegado a segundo plano no rol das prioridades. Assim como o fornecimento de água, a energia é fundamental ao desenvolvimento.
É bem verdade que as reclamações em relação à CPFL Piratininga diminuíram comparadas ao que já representaram no passado, assim como aconteceu e foi reconhecido no relatório dos vereadores de Indaiatuba sobre aquela cidade, mas ainda há muito por realizar.