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Saae de Salto investiga pagamentos de cerca de R$ 330 mil que a autarquia pode ter feito a uma conta falsa

O Saae de Salto apura internamente o pagamento de um boleto falso e a realização de uma transferência para uma conta fraudulenta. Os valores corresponderiam a cerca de R$ 250 mil no caso do boleto e a R$ 80 mil no caso da transferência. A situação ocorreu no final do ano passado, mas apenas nesta semana um boletim de ocorrência foi registrado. Mesmo assim, a autarquia tratou de impedir que a imprensa tivesse acesso ao seu conteúdo.
Procurado, o Saae informou, por meio de nota enviada ao PRIMEIRAFEIRA, que o caso está sendo tratado internamente e que, também para não prejudicar o andamento das investigações, o Saae se pronunciará a respeito apenas ao final da apuração”.
Os valores dessas supostas transferências não foram confirmados pela autarquia, tampouco se o dinheiro foi recuperado aos cofres públicos. Vale destacar que o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo chegou a notificar o Saae em três oportunidades em 2023 pela não apresentação dos relatórios de conciliações bancárias mensais de janeiro, fevereiro e setembro. Também por meio de nota, o Saae informou que “todos os relatórios de Conciliações Bancárias Mensais do Saae foram entregues e continuam sendo. Não temos nenhum apontamento referente a não-entrega desses relatórios no Tribunal de Contas”.
Os vereadores Vinícius Saudino (PSD) e Antônio Cordeiro (PT) questionaram a autarquia sobre esses relatórios para que possam ser analisados pelos legisladores, além de solicitarem relatórios de compras com dispensa de licitação durante todo o ano de 2023.
Se confirmado o golpe sofrido pelo Saae, pode ser a segunda vez que a administração pública é vítima desse crime. Em dezembro de 2022, a Secretaria de Finanças fez um pagamento no valor de R$ 875 mil a uma conta falsa acreditando estar repassando os valores à empresa Soluções Serviços Terceirizados. Em várias oportunidades Adriana Lourenço, ex-chefe da pasta, negou qualquer prejuízo ao erário público, entretanto, o caso ainda está na Justiça.

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