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Saltense que esteve em peregrinação em Israel relata apreensão com o conflito

O grupo de saltenses que estavam em Israel retornou à cidade na última semana. A viagem que deveria ser uma peregrinação de fé se transformou radicalmente pelos conflitos que eclodiram entre Israel e o Hamas, movimento islâmico palestino. Entre os peregrinos, Luís Henrique Lopes, relatou os momentos de tensão e temor vividos pelos saltenses.
Em conversa com o PRIMEIRAFEIRA, Luís Henrique disse que o grupo no dia em que começou o conflito estava em Belém, cidade que fica a cerca de 100 quilômetros da Faixa de Gaza, e se preparava para visitar Jerusalém.
“Saímos do hotel por volta das 9h e, ao nos aproximarmos da fronteira entre Belém e Israel, o portão fechou na nossa frente. Houve estrondos e ficamos assustados. Só então veio a informação de que estavam lançando bombas, mas não sabíamos de onde vinham”, disse.
Sem saber do ocorrido, o grupo voltou ao hotel, onde continuou a viver momentos de terror. “A Faixa de Gaza ficava bem distante de onde estávamos, mas ouvimos os estrondos, rajadas de metralhadoras de longe e alguns sinais no céu de bombas que eram interceptados por Israel. Estávamos seguros no hotel, mas a cidade ficou deserta e todos ficaram apreensivos”, contou.
Embora estivessem desconfortáveis com o clima de tensão, Luís disse que conseguiram manter contato com as autoridades e permanecer na cidade, fazendo até um tour que estava programado. Apenas no dia 11 de outubro, quatro dias após o início do conflito, foram conduzidos para a cidade da Galileia, onde o Consulado Brasileiro em Israel resolvia os procedimentos para a repatriação.
“Recebemos a notícia de que iríamos para a Galileia, onde ficamos hospedados em um seminário. Ficamos até sexta-feira (13), quando fomos cadastrados e fomos levados até o aeroporto. O trajeto foi de muita tensão, pois estávamos em local de possibilidade de atentados até chegar ao aeroporto”, afirmou.
Na noite do dia 13, o grupo retornou ao Brasil em segurança. “Nunca tinha passado por uma situação igual, apesar de ter prestado o serviço militar por 40 anos. Jamais imaginei estar numa situação de guerra. Estou superando os momentos de tensão e orando, pedindo aos governantes que achem solução para o fim da guerra. Israel é um lugar incrível, com toda a história da civilização e o Cristianismo que até hoje desperta interesse nas pessoas”.

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