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Secretário de Obras afirma que buracos das vias surgem por falta de tempo de cura do asfalto

O secretário de Obras da Prefeitura, Sandro Stivanelli, desabafou na Câmara de Vereadores, ao ser questionado em reunião da pasta, na segunda-feira (29), sobre a quantidade elevada de buracos nas vias públicas. Ele afirmou que os buracos acontecem por falta de tempo de cura do asfalto, já que os funcionários da pasta são obrigados a não esperar o tempo necessário devido às pressões políticas e da população para que façam o serviço mais rápido.

“O asfalto dos bairros Madre Paulina, Santa Marta e São Pedro e São Paulo são os piores que temos na cidade. Mas eles não são malfeitos. Só que, devido ao clamor político e popular, a equipe faz um trabalhinho ali e parte para outro. Não se vê que o asfalto precisa de um tempo de cura, o que não acontece. O trânsito é liberado em sequência e acontece isso que o senhor conhece”, disse ele.

Cura do asfalto é o nome dado ao prazo de espera para que a mistura da sua composição se consolide. Esse tempo mínimo de cura varia de 24 horas até 72 horas conforme o tipo de material utilizado. Nesse período, o solvente do asfalto diluído misturado com os agregados evapora e o cimento asfáltico de petróleo adere aos agregados da mistura, endurecendo na sequência.

O secretário também apontou problemas mais graves para o surgimento de buracos. “No bairro Taquaral (perto do distrito industrial), nós medimos, tem 150 metros lineares de deformação completa. Porque é onde o veículo pega velocidade e onde também começa a frear. Deformou o pavimento. Isso não pode acontecer. Foi um erro de engenharia. Esse tipo de situação é oneroso para o município”, disse. “Vamos ter muito problema com a avenida das Nações Unidas (no Jardim Planalto). Fiz umas escavações em alguns pontos e, um metro e meio para baixo, temos argila pura. Não é a base apropriada para asfalto. O custo de solução disso é altíssimo. E o problema que acontece no Jardim das Nações inteirinho é o mesmo que ocorre em vários pontos da cidade”, complementou.

Stivanelli ainda desabafou em relação às reclamações recebidas de alguns parlamentares, que, segundo ele, não poupam críticas ao trabalho da pasta. “A Secretaria de Obras não funciona 24 horas por dia, não é composta por robôs e não tem materiais zero quilômetro. Ela é composta por seres humanos que erram. Fazer julgamento é um pouco desnecessário”, finalizou.

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