Apesar de um orçamento superior a R$ 800 milhões, o ano de 2026 deve ser bastante conservador em relação às finanças de Salto. Em reunião na Câmara, o secretário de Governo, Gilmar Mazetto, fez questão de afirmar que os problemas financeiros permanecerão. “Não fiquem imaginando que será um ano maravilhoso, porque não será”.
Após iniciar o ano com um rombo de mais de R$ 100 milhões, a Prefeitura, segundo Gilmar, lutou para estabilizar as contas e pagar dívidas antigas. Ainda assim, as contas deste ano não estão fechando e a Prefeitura deve começar o próximo ano com déficit orçamentário e financeiro. “Não conseguimos pagar a nota de outubro da CSO; não pagamos de novembro e provavelmente não pagaremos de dezembro. Estamos numa luta para fechar a folha de pagamento de dezembro, porque financeiramente a situação está muito difícil”.
Parte das contas poderia ter sido paga se a arrecadação do IPTU fosse completa. Segundo Mazetto, até novembro, 73,86% da arrecadação prevista foi alcançada. Isso significa que a cidade deixou de recolher R$ 25,7 milhões. “Não pode uma cidade sobreviver sem arrecadar 25% do valor do IPTU. Vamos tomar as providências para que sejam protestados”, falou.
Além disso, o secretário mencionou um aumento na folha de pagamento feita durante a gestão do ex-prefeito, Laerte Sonsin Jr. (PL). “O Governo passado aumentou 100 milhões (de reais) na folha de pagamento. É impossível manter como está. E não tem o que fazer. Uma coisa é certa: só teremos concursos para o ano que vem de professores e diretores que farão a reposição daqueles que deixarão o cargo; e uma partinha na Educação”
Embora a situação fiscal não seja das melhores, a expectativa para o ano que vem é melhorar a arrecadação e contar com parcerias que ajudaram, por exemplo, na realização da programação de Natal. “No frigir dos ovos, não adianta chorar e murmurar, mas ano que vem teremos notícias boas, mas vamos continuar apertados em relação ao orçamento. Estamos buscando alternativas para aumentar o orçamento e tenho certeza que isso vai acontecer”, encerrou.