O pagamento da Parceria Público-Privada (PPP) entre a Prefeitura de Salto e a CSO Ambiental tornou-se um problema para a gestão municipal. Segundo o projeto de lei que define o orçamento para o próximo ano, a Secretaria de Finanças reservou apenas R$ 13 milhões, cerca de 20% do valor anual estimado em torno de R$ 60 milhões.
A informação foi confirmada pelo secretário de Finanças, Audrei da Rocha Silva, durante audiência pública realizada na terça-feira (22), na Câmara de Vereadores. De acordo com o secretário, a atual gestão definiu suas prioridades e deixou aos vereadores a responsabilidade de adequar o orçamento.
“Demos atenção às prioridades, como a Saúde. Cabe aos vereadores decidir se querem aumentar o valor e fazer as correções, e, se acharem melhor, indicarem de onde pode ser retirado. Eu e minha equipe não conseguimos encontrar uma solução”, afirmou. “Vai haver déficit? Acredito que sim. Estamos numa força-tarefa e verificando o que será possível reduzir para cumprir todos os compromissos”, ressaltou, acrescentando que a próxima gestão poderá começar com dívidas caso os recursos não sejam remanejados.
Audrei também destacou que a PPP está custando quase o dobro do previsto e sugeriu que a próxima gestão reavalie o contrato. “A PPP deveria consumir 5% do orçamento, mas está chegando a 9%. É preciso separar o que é Parceria Público-Privada do que é serviço. Há muitos serviços incluídos nesse contrato. A CSO é uma questão que precisa ser analisada com muito critério.”
Durante a audiência, o secretário foi questionado sobre um possível déficit no orçamento para o pagamento do subsídio ao transporte público. Foram destinados R$ 6 milhões para o custeio do serviço em 2025, cerca de metade do valor gasto em 2024 até o mês de outubro. Vale destacar que o subsídio do transporte público prevê até R$ 1 milhão por mês à empresa. “Colocamos o valor que seria possível para a empresa”, justificou o secretário.