O Serviço Autônomo de Água e Esgoto, o Saae, deverá assumir em breve o tratamento de esgoto de Salto. A informação vem depois que a Justiça negou a ação movida pela Sanesalto. A hoje empresa responsável pelo tratamento pleiteava continuar mesmo após o encerramento do prazo contratual, que ocorreu no início de 2022.
“Preciso do (posicionamento) jurídico para assumir (o serviço de tratamento de esgoto). Já me reuni com a equipe assim que deu essa conclusão de ação declaratória, olhamos as necessidades e deficiências, mas temos condições de assumir”, afirmou o superintendente do Saae, Alison Bressiano, durante reunião com os vereadores na sexta-feira (10).
Alison explicou que atualmente o Saae teria condições técnicas de assumir o serviço, embora seja necessário um ajuste nas funções dos servidores, até que a legislação seja alterada e a autarquia possa contratar mais funcionários, caso necessário. “Precisamos ter o conhecimento do funcionamento para saber se precisaremos contratar mais funcionários”, completou.
Se assumir o serviço, a tendência é de que haja uma redução na tarifa paga pelo cidadão, já que não haverá mais a necessidade de repassar valores para uma empresa e todo o montante ficará com a autarquia. “Se assumirmos o serviço e tendo um superavit de receita, é evidente que teríamos uma redução na tarifa. Hoje pagamos R$ 5,09 no metro cúbico de esgoto, fora as retenções que acontecem. Se o cenário for diferente, talvez conseguiríamos administrar o esgoto com menor valor. E essa diferença ou vira investimento ou vira redução da tarifa”, explicou Alison.
Durante as quase três horas em que esteve na Casa de Leis, entre a reunião e a prestação de contas semestral, Alison também respondeu questionamentos dos vereadores a respeito do empréstimo de R$ 60 milhões para a construção da ETA Pedra Branca e outras obras que devem aumentar a oferta de água aos cidadãos.
A respeito da ETA Pedra Branca, o superintendente afirmou que as obras devem começar no primeiro trimestre de 2024 e a primeira etapa da obra deve ser concluída em dois anos. Além disso, seis caixas d’água serão construídas para reforçar a oferta de água em algumas regiões. As maiores caixas d’água, de 5 milhões de litros, estarão na região do Santa Cruz, Nova Era e João Jabour. Outras três menores, sendo duas de dois milhões de litros no Panorama e no Paço Municipal, além de outra de um milhão de litros que será construída na região do Buru.
O superintendente explicou ainda que a autarquia inscreveu projetos no novo PAC do governo federal, pleiteando R$ 7 milhões para a manutenção dos equipamentos. “Nosso maior problema são as condições dos equipamentos e falta de investimentos ao longo do ano. A ETA Bela Vista foi construída em 1969 e não foi trocado nada desde então. Colocamos projetos que conseguimos fazer e que temos certeza de que será aprovado”, completou.