O superintendente do Serviço Autônomo de Água e Esgoto, o Saae, Gilmar Souza dos Santos, afirmou nesta sexta-feira (31) ao PRIMEIRAFEIRA que não propôs a privatização e sim a terceirização de alguns serviços do tratamento de esgoto, já que recebeu esse setor sucateado da empresa Conasa no último dia 30 de abril.
A administração municipal reassumiu o comando do serviço após uma longa batalha judicial e verificou neste último mês que não teria condições de manter alguns serviços sem investimentos. Daí a necessidade de terceirizar. “Privatizar é algo muito maior. Precisa de Projeto de Lei e autorização da Câmara. O prefeito não quer isto”.
Com essa informação, o superintendente derruba a tese dos vereadores Vinícius Saudino (PSD), Fábio Jorge (União Brasil), Daniel Bertani (Novo) e José Benedito de Carvalho (PRD), o Macaia, que pediram uma Comissão Especial de Inquérito, CEI, para investigar uma possível privatização do serviço.
Mesmo assim, o pedido de instalação da investigação está feito e deverá ser votado nas próximas sessões. Se for aprovado, a Câmara terá 180 dias para apurar e apresentar relatório. O prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) disse que o pedido tem conotação eleitoreira, mas que pode desvendar irregularidades do contrato com a Conasa.
Para ele, o compromisso firmado em administrações passadas era abusivo e prejudicial para a população saltense. Por isso, foi denunciado e rompido. Ele espera que a retomada permita uma gestão melhor com a unificação do comando no Saae e com o aumento da receita proveniente do tratamento de esgoto.