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Teoria e prática: o professor de história – Parte II

Vale neste momento lembrar da construção de identidades, ou nas palavras de Stuart Hall, “idendificações”. No mundo da pós-modernidade, onde os impactos da globalização são sentidos no âmbito cultural, muito se questiona acerca das identidades, da manutenção das tradições culturais de determinados povos. Muito também se questiona quanto à qualidade das narrativas históricas presentes em materiais desenvolvidos para se explicar a história, esses muitas vezes vendidos com slogans sensacionalistas como: veja o que seu professor de história não lhe fala; a verdadeira história do…; guia incorreto disso ou daquilo…
Essas outras abordagens sobre história, assim como influenciadores digitais sobre outros assuntos, podem contribuir na reformulação de identidades através de discursos e narrativas. Porém, no conceito de identificação, o sujeito pós-moderno vive em sociedades transformadas continuamente, sendo tais influências não de caráter fixo, mas flexíveis, mutáveis. No mundo imerso (e dependente) das redes, os debates em redes sociais implicam novos costumes, novas tecnologias, novas propagandas para o consumo e novos questionamentos, muitas vezes levados pelos alunos para sala de aula.
Diante de tal reflexão, percebe-se cada vez mais a importância do diálogo entre academia e educação básica, formação de professores no campo teórico e tecnológico. Além da formação, o professor historiador pode se valer de mecanismos como as próprias redes sociais para a produção de conteúdo de caráter metodológico, teórico e crítico acerca da história, memória, patrimônio, identidades, dentre tantos outros pontos de debates possíveis perante a comunidade escolar. Com isso, as várias identidades (ou identificações) vão sendo pensadas, reformuladas, mantidas ou questionadas desde os primeiros passos na formação crítica de um cidadão: na escola.

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