O Ibis Sport Club foi fundado em 15 de novembro de 1938, como forma de entretenimento para os trabalhadores da Tecelagens de Seda e Algodão de Pernambuco (TSAP).
Em princípio apenas funcionários da empresa jogavam e mesmo assim eram partidas amistosas. Depois, o clube cresceu e se profissionalizou, tornando-se um dos clubes fundadores da Federação Pernambucana de Futebol.
Com o passar do tempo e as dificuldades surgindo, o time foi abandonado pela TSAP e abraçado pela Família Ramos, que o mantém até hoje.
Na final da década de 70 e início da década de 80, o Ibis ganhou fama mundial por sua péssima qualidade nos gramados.
Rendeu uma menção no Guinness Book e a equipe foi “promovida” ao pior time do mundo.
Eu estou mencionando um pouco da história do Ibis, mas, na verdade, não é sobre o Ibis que eu quero escrever.
É que descobri outro time que consegue hoje em dia ser pior que o time do Ibis, rs…
É o time chamado de “XV de Catorze FC” lá do interior da Paraíba.
Eu ouvi o Ratinho, um dos volantes do time, dando uma entrevista na rádio local.
O repórter perguntou sobre o elenco atual e ele respondeu:
O Téo tinha tudo pra ser craque. Tinha short, meião, chuteira, só não tinha habilidade.
Depois continuou:
Eu sou um cara à parte. Quem não me viu jogar acha que eu sou ruim. Quem viu, tem certeza.
E fazia comparações:
O Zoinho lembra o Pelé e o Maradona. Tá morto.
A entrevista seguia:
O Guiné é um jogador de rara precisão, raramente precisam dele. Se é louco!
Ante o espanto:
O Menguito, esse é um talento. Tá lento na defesa, tá lento no ataque.
Para todos, ele tinha uma classificação:
O Léo é um dos poucos que a gente pode elogiar. Ele é ambidestro: chuta mal com as duas pernas.
E a entrevista continuou:
O Edu, a gente o chama de iFood. É só pedir que ele entrega.
O repórter queria perguntar, mas não dava:
O Zeca foi assaltado no caminho do campo. Levaram tudo: habilidade, técnica, visão de jogo.
E ele não perdoava ninguém:
Se habilidade fosse crime, o Dedé era inocente.
O Ratinho não parava:O Luquinha no gol é uma mistura de Lewandowski e Gabigol. Por isso o chamam de Levagol… kkkk
Pra encerrar a entrevista, o Ratinho fechou com chave de ouro:
– Futebol é assim mesmo: um dia a gente perde e no outro também.