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Todo adulto tem uma criança dentro de si: será?

Deveria ser na opinião da psicoterapeuta Ana Carolina Gebara, pois é a criança interior que serve de fonte para a criatividade, para a saúde e para a liberdade quando se enfrenta o mundo adulto

Muita gente não percebe, mas, diversas vezes, conforme vai buscando pela maturidade, deixa a sua criança interior para trás, sufocando as suas risadas, as suas fantasias e os seus sonhos, sob o fardo dos “porquês’ e das preocupações da vida adulta.
A maioria dos adultos ri menos e se diverte menos do que fazia quando era criança. Isto ocorre porque perdem a criança interior, que é a parte da psiquê, segundo a psicoterapeuta Ana Carolina Gebara, que mantém viva as memórias e que é, fundamentalmente, fonte de geração de criatividade, de saúde e de liberdade. Portanto, é um erro sufocar a criança interior com o crescimento.
Ana Carolina Gebara aproveita a passagem do Dia da Criança, hoje (12), para fazer um chamamento: “Neste Dia da Criança, faça um compromisso consigo mesmo: cuide, abrace e nutra a sua criança interior. Você descobrirá uma fonte de benefícios que jamais sonhou. A sua jornada de autodescoberta começa agora e o presente que você dará a si mesmo será o mais valioso de todos. Presenteie-se com a devolução da sua criança interior”, disse.
A profissional destaca que é extremamente importante para todas as pessoas resgatar a sua criança interior e cuidar dela, pois essa atitude é essencial para a saúde mental e emocional.
Ela aconselha como se pode resgatar a criança interior: “Feche os olhos e imagine-se quando criança. Diga a ela: ‘Estou aqui por você. Obrigado por nunca desistir de nós, por sempre acreditar. Estou aqui para te resgatar, para te libertar.’ Seja para sua criança interior o adulto que ela gostaria de ter por perto”.
Para a reconexão com a criança interior é importante começar relembrando atividades que amava quando criança, aquelas que o faziam se sentir vivo e cheio de energia, como dançar, brincar ao ar livre ou desenhar. “Precisamos reservar um tempo para essas atividades e sempre nos lembrarmos que merecemos amor e cuidado, assim como nossa criança interior”.
Outro conselho é que “das nossas dores vem a nossa potência” e por isso, não se deve esconder ou tentar ignorar as feridas emocionais. Deve-se sim cuidar dessas feridas e curá-las, pois, cada uma conta uma história de crescimento da pessoa.
“Quando cuidamos da nossa criança interior aliviamos o peso que carregamos, abandonamos nosso ressentimento e nos permitimos viver com mais leveza. A liberdade também é fruto desse cuidado, ao nos libertarmos das correntes do passado e das expectativas não realizadas, vivemos com mais conforto, alegria e espontaneidade”, finaliza a psicoterapeuta.

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