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Vereador diz que postura da empresa de ônibus prejudica o cidadão e que isso deve contar na hora do subsídio

O vereador Fábio Jorge (PSD) pediu que os colegas de Câmara levem em conta, na avaliação da concessão ou não de subsídio para a SOU Salto, concessionária do transporte coletivo, a decisão da empresa de aceitar apenas dinheiro para carregar os cartões de passes do sistema, abolindo o uso de cartões de crédito e débito.

“Contabilmente não sei por que a empresa quer receber só em dinheiro, mas é importante que a Câmara analise isto. Não é admissível que, em pleno século XXI, a empresa cobre em dinheiro a recarga de um cartão”, disse o vereador na sessão de Câmara da terça-feira (6), e ainda apontou para o risco de assaltos aos trabalhadores que são obrigados agora a retirar o dinheiro no caixa eletrônico, quando poderiam até usar o PIX.

O PRIMEIRAFEIRA procurou a empresa SOU Salto para que ela informasse os motivos para a mudança do sistema, mas até o encerramento desta edição ela não tinha se manifestado.

A Prefeitura enviou Projeto de Lei à Câmara propondo que a empresa receba uma ajuda financeira mensal, intitulada como subsídio, que pode chegar a R$ 12 milhões por ano. A intenção é reduzir o valor da tarifa (hoje são cobrados R$ 4,20 e a empresa pleiteia elevar para R$ 9,93). Os vereadores ainda não aprovaram o projeto porque cobram que a empresa promova melhorias no sistema, como veículos mais novos, mais linhas e reforma de pontos, além de garantir os empregos dos funcionários.

Fábio Jorge aproveitou a deixa da discussão do subsídio para questionar por que o contrato firmado entre Prefeitura e a empresa SOU Salto cobra por passageiros transportados. “Em Salto o contrato prevê a cobrança por passageiros. Em todas as outras cidades com transporte de qualidade, o faturamento vem por quilômetro rodado. Na linha do Santa Cruz, as seis e meia da manhã, os ônibus vão lotado porque para o dono da empresa colocar mais um ônibus é um custo e quanto mais pessoas enfiar dentro do ônibus, mais ele ganha dinheiro. Quando pensamos em subsídio, é preciso mudar isso”, finalizou.

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