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Vereadores apontam negligência em testes de Covid e reclamam de ar-condicionado no Hospital

Aparelhos expelem ar quente, segundo parlamentar apurou, e as avaliações para detectar a doença estão suspensas; Prefeitura alega falta de tempo para responder a respeito

Apesar dos mais de R$ 6 milhões pagos mensalmente à empresa que administra o Hospital Municipal, a Secretaria de Saúde da Prefeitura alegou, segundo vereadores, falta de recursos para a manutenção dos aparelhos de ar-condicionado em diversas áreas daquela casa de saúde.
Na sessão de Câmara de terça-feira (31), Cícero Landim (PL) disse que esteve no Pronto Socorro e constatou o problema nos aparelhos, que, embora ligados, não estariam refrigerando a recepção. Pelo contrário, exalando ar quente, mesmo diante das altas temperaturas.
“É muito triste a situação das pessoas que lá estão, num local insalubre e apertado. E eu até briguei pedindo para desligar o ar-condicionado, porque não estava funcionando e estava gastando energia sem utilidade”, contou. Ainda segundo o vereador, a secretaria impediu o uso de ventiladores para seguir as normas da Organização Mundial de Saúde. Entretanto, para se refrescar do calor, os funcionários tiveram de fazer o uso do aparelho. “Na recepção tinha três ventiladores para as meninas, porque elas não aguentam o calor, já que o ar da recepção estava quebrado, saindo ar quente”.
Quem também criticou a situação do Hospital Municipal foi Antônio Cordeiro (PT). O vereador disse ter recebido a informação de um teste de Covid que teria sido negado ao pai de um jovem que testou positivo para a doença. “O pai levou o filho ao hospital e esse testou positivo para Covid, mas ele, o pai, não pode fazer o teste no hospital e, se quisesse, deveria pagar um teste num local particular. O Estado ou o município deveriam dar esse teste, pois esse cidadão pode estar assintomático e sair transmitindo essa doença para outras pessoas. É obrigação testar a família. Isso nos deixa preocupado, pois são mais de 6 milhões por mês que enfiam no hospital para receber um atendimento péssimo”, apontou.
Procurada, a Secretaria de Saúde disse que não conseguiria responder os questionamentos do PRIMEIRAFEIRA até o encerramento desta edição e que, em breve, forneceria as informações solicitadas.

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