UTI (Unidade de Terapia Intensiva), um caminho para a vida.
Aquela noção de que era um estágio final antes da morte, felizmente, é coisa do passado.
As UTIs surgiram na segunda metade do século passado como suporte pós-operatório para pessoas que eram submetidas a cirurgias grandes. Lá, recebiam assistência na recuperação da anestesia, da respiração artificial, entre outras coisas.
Mais tarde, as UTIs passaram a receber os pacientes clínicos, com infarto e outras doenças graves.
Para se ter uma ideia, até as décadas de 1960 e 1970, muitas pessoas com infarto não ficavam no hospital. Eram tratadas em casa. Mas, como se observou que morriam por arritmia -disturbios elétricos que aconteciam nas primeiras horas do infarto e são reversíveis- foi constatada a necessidade de ficarem mais tempo internadas e monitoradas. Isto ajudou salvar muitas vidas.
Na década de 1980, a evolução foi muito grande.
Alguns médicos passaram a se especializar na terapia intensiva. As UTIs se transformaram em um centro modificador nos hospitais.
Um japonês sofreu um acidente certo dia e foi parar na UTI.
Um brasileiro, amigo do japonês, foi visitá-lo na UTI. Conforme o brasileiro se aproximou, o japonês começou a ter falta de ar. Ele olhou para o brasileiro e gritou:
Sacaro aota, unioba, xuchi maxuta e morreu!
O brasileiro não entendeu nada.
No velório, ele foi conversar com a mãe do japonês e relatou que estava na UTI quando o filho dela faleceu e falou também que o japonês, antes de morrer, proferiu umas palavras pra ele e queria saber o que o japonês falou pra ele.
O brasileiro repetiu as palavras que o japonês tinha lhe dito:
Sacaro aota, unioba, xuchi maxutá.
Aí a mãe do japonês traduziu:
Tira o pé da mangueira de ar seu fdp…
Kkkkkkk