Dia 18 de maio é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Brasil, data na qual também é realizada a campanha “Faça Bonito – Proteja nossas crianças e adolescentes”. Esse é um compromisso coletivo para cuidar da população infanto-juvenil para ter uma vida plena e com garantia do direito ao desenvolvimento sexual saudável e sem violência.
O sonho é de que essa data esteja na memória de cada brasileiro não somente no mês de maio, mas de janeiro a janeiro, pois, é necessário cuidarmos das nossas crianças e adolescentes diariamente.
É importante dialogar e refletir sobre abuso e exploração sexual infantil, para que todos tenham conhecimento da dimensão e gravidade que pode ser a ausência de cuidados com as nossas crianças e adolescentes. Falar sobre esse assunto contribui para o tema ter visibilidade e potencializa o acolhimento e o cuidado por parte dos pais, familiares, responsáveis, rede de apoio, amigos e comunidade ao qual estão inseridos no cotidiano.
A cada hora três crianças são abusadas no Brasil, das quais cerca de 51% têm entre 1 e 5 anos de idade. Todos os anos 500 mil crianças e adolescentes são exploradas sexualmente em nosso país e há dados que sugerem que somente 7,5% dos dados cheguem a ser denunciados às autoridades. Ou seja, esses números na verdade são muito maiores.
Existem nove sinais de alerta que podem indicar abuso sexual infantil:
1) Mudanças no padrão de comportamento da criança, como alterações de humor entre retraimento, extroversão, agressividade repentina, vergonha excessiva, medo ou pânico;
2) Proximidades excessivas: o abusador muitas vezes manipula emocionalmente a criança e com isso, costuma ganhar a confiança;
3) Comportamentos infantis repentinos: voltar a ter comportamentos infantis é um indicativo de que algo pode estar errado;
4) Silêncio predominante: é necessário explicar para a criança que não deve ter segredos com adulto ou criança mais velha que não podem ser compartilhados com a mãe, pai ou responsável;
5) Mudanças de hábitos súbitas, como o sono, falta de concentração, aparência descuidada, podem ser indicativos de que algo está errado;
6) Comportamentos sexuais: apresentar interesse por questões sexuais ou brincadeiras de cunho sexual, palavras ou desenhos se referindo às partes íntimas, pode indicar uma situação de abuso;
7) Traumatismos físicos: marcas de agressão, doenças sexualmente transmissíveis e gravidez;
8) Enfermidades psicossomáticas: problemas de saúdem sem aparente causa clínica, como dor de cabeça, vômitos, dificuldades digestivas, erupções na pele, podem ter um fundo psicológico e emocional;
9) Queda no rendimento escolar: queda na frequência escolar injustificada, baixo rendimento causado por dificuldade de concentração e aprendizagem.
Se você é vítima ou testemunha desses crimes, não se cale, disque 100 e denuncie ou através do site ouvidoria.mdh.gov.br ou no aplicativo Direitos Humanos Brasil. Abuso não é brincadeira! Apoie essa causa!
Lembre-se: Até a maratona mais longa começa com um pequeno passo! A luta é de todos nós, proteger a criança de hoje é proteger o adulto de amanhã, o nosso futuro.
“Material apenas informativo”
Patricia Zanetti Salvaterra da Silva – CRP 06/130220
Psicóloga