Câmara Cascudo definia caipira como sendo uma modificação de “caapora”, palavra de origem tupi que significa “morador do mato”.
Outras definições mais recentes consideram caipira, matuto ou capiau, o homem ligado ao campo.
Certa vez, um caipira estava com quatro leitõezinhos na coleira, que nem nós fazemos com os cachorrinhos de estimação.
E o líder de uma turma de estudantes resolveu tirar uma onda:
– Como se chama esse porquinho?, apontando para um deles.
O caipira respondeu:
– Esse porquinho se chama ocê.
– E esse outro aqui?
– Esse outro se chama seu irmão.
– E esse aqui?
– Esse aqui se chama seu pai.
– Entendi. E aquele ali se chama sua mãe?
– Não, sua mãe comi ontem.
Kkkkkkk.
Em outra ocasião o caipira levou duas vacas para pastar e novamente uma turma de estudantes quis tirar sarro dele.
O líder dos estudantes perguntou:
– Essas vacas pastam bastante?
– Qual delas? A vaca branca ou a vaca “maiada”?, quis saber o caipira.
– A vaca branca.
– A vaca branca pasta bastante.
O estudante insistiu:
– E a malhada?
– “Tamem”, ela pasta “tamem”.
O estudante insistiu:
– Elas dão bastante leite?
– A branca ou a maiada?, quis saber o caipira.
– A branca.
– A branca dá bastante leite.
O estudante:
– E a malhada?
– “Tamem” dá, “tamem”.
Aí o estudante disse para o caipira:
– Qual é? Você está querendo tirar com a minha cara é?
O caipira sem entender:
– Não, é que a vaca branca é minha.
O estudante:
– E a malhada?
O caipira:
– “Tamem” é, “tamem”.
Kkkkkkkkk.