A Associação Comercial, Industrial e Agrícola de Salto (Acias) recebeu, na manhã desta sexta-feira (31), uma reunião da Câmara Técnica do Rio Tietê para discutir sobre o projeto de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) no Parque das Lavras. Participaram do evento o presidente da Câmara Técnica do Rio Tietê, Paulo Takeyama; o presidente do Instituto de Estudos Vale do Tietê (Inevat), Francisco Moschini; representantes do Parque Lavras Serviços e Ocupações, empresa que administra o parque hoje através de concessão, como o engenheiro Antônio de Paula, a bióloga Marta Borges, entre outras autoridades.
O engenheiro Antônio de Paula explicou sobre o projeto de construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH) e afirmou que o novo projeto vai apenas manter e restaurar a usina, o que já era previsto na concessão do parque que ocorreu através de uma Parceria Pública Privada (PPP).
“O objeto dessa Parceria Público Privada é a administração e conservação do Parque Lavras. Sou obrigado em primeiro lugar a conservar e administrar o parque, ou seja, não vou interferir em absolutamente nada dentro deste parque, vou apenas, mantê-lo e conservá-lo e, para isso, está atrelado a revitalização da antiga hidrelétrica de lavras, então as duas coisas estão totalmente relacionadas, a manutenção do parque e a revitalização”, informou o engenheiro.
O presidente do Inevat, Francisco Moschini, fez críticas ao projeto da PCH Lavras, destacando que o relatório sobre o projeto da PCH Lavras só veio a público em janeiro deste ano e que o projeto cita que diversos órgãos foram consultados sobre a implantação dessa PCH, entretanto, ele alegou que as entidades ambientais e que buscam a conservação da natureza nunca foram consultadas e nem sabiam desse projeto antes de janeiro deste ano.
O engenheiro químico, Francisco Faus, convidado pela Câmara Técnica do Rio Tietê para analisar o projeto, apresentou alguns motivos para ser contrário à construção da Pequena Central Hidrelétrica (PCH), dentre eles, ressaltou que os projetos não diziam qual será o impacto na qualidade da água e, por esse e outros motivos, finalizou dizendo que não recomenda a instalação da PCH Lavras.