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Cícero Landim preside a comissão que investigará o crime de importunação sexual na Câmara

O vereador Cícero Landim (União Brasil) foi escolhido como presidente da Comissão de Ética da Câmara que vai investigar o crime de importunação sexual do qual o vereador Daniel Bertani (Novo) é acusado. Ele foi eleito na primeira reunião da comissão, realizada nesta quinta-feira (11), juntamente com Alessandro Dernival (Democracia Cristã) e Fábio Jorge (União Brasil).
Daniel foi acusado de importunação sexual por uma assessora parlamentar da Casa, fato que ocorreu durante uma solenidade no plenário da Casa de Leis. O caso aconteceu em 5 de março, mas a ocorrência foi registrada apenas no dia 28 do mesmo mês. Diversas lideranças femininas e partidos políticos manifestaram indignação e pediram a cassação do mandato do vereador.
Durante a sessão desta semana, Daniel disse que não irá mais falar sobre o assunto no plenário da Casa de Leis. Ele reforçou que estão mantidas as palavras ditas em nota emitida na última semana, de que acredita na Justiça e de que suspeita de uma armação do presidente da Casa, do qual a vítima é assessora, por causa de desentendimentos que vem tendo com Edival Pereira Rosa (União Brasil), o Preto, por procedimentos de votação.
Cícero Landim passou a fazer parte da comissão por indicação da presidência da Câmara, já que era necessário substituir José Benedito de Carvalho (PRD), o Macaia, que pediu oficialmente para deixar a investigação por conta de seu laço de amizade, que ele classificou de “íntima” com o vereador investigado.
Entretanto, logo após a escolha de Cícero como presidente, Alessandro Dernival não ficou contente com a posição de relator, que foi colocada para ele, e teria apresentado o pedido de saída. Procurado para explicar o seu descontentamento, Alessandro não respondeu aos questionamentos do PRIMEIRAFEIRA até o encerramento desta edição.
A decisão sobre o pedido de Alessandro Dernival de deixar a comissão passará pelo crivo do presidente Edival Pereira Rosa. Procurado pela reportagem para explicar o que fará, Preto disse não ter sido comunicado oficialmente sobre o pedido de saída de Alessandro e não se posicionou.
Se a mudança não ocorrer, a comissão segue o seu trabalho normal e a denúncia será apresentada ao vereador acusado, que terá 15 dias para se defender. Depois, dentro de 60 dias, a comissão fará a análise das denúncias e da defesa e concluirá um relatório para que seja votado em plenário.
O vereador Kiel Damasceno (Solidariedade) questionou a posição do vereador Fábio Jorge como integrante da comissão, uma vez que ele foi visto conversando com Daniel. Fábio Jorge colocou o seu cargo à disposição e disse que conversou em lugar público com o vereador e que isto não interfere no seu julgamento. A situação não foi levada adiante pela presidência da Casa.

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