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Distorção da realidade

A recente proposta de reajuste salarial apresentada pela Mesa Diretora da Câmara de Vereadores de Salto, visando aumentar significativamente os vencimentos do prefeito, vice, secretários municipais e vereadores para a próxima legislatura (2025-2028), impõe um debate não apenas sobre a moralidade e ética na gestão dos recursos públicos, mas também sobre a desconexão existente entre a classe política e as realidades enfrentadas pela população.
Neste contexto, a proposta de elevar os salários em percentuais que vão de 17% a impressionantes 54% contrasta drasticamente com o cenário econômico enfrentado pelos cidadãos e, mais especificamente, pelos servidores públicos do município. A título de comparação, o aumento proposto aos servidores municipais pelo prefeito Laerte Sonsin Jr (PL) foi de meros 3,82%, muito abaixo dos 13% reivindicados pelo sindicato da categoria. A justificativa para tal discrepância foi a alegada “falta de recursos financeiros”.
A disparidade entre os aumentos propostos para uma e outra classe revela uma problemática central no que tange à justiça social e à equidade na distribuição dos recursos públicos. Enquanto os políticos propõem aumentos salariais exorbitantes para si mesmos, justificativas econômicas são prontamente encontradas para limitar as melhorias nas condições de vida dos servidores.
A pressa em aprovar tais aumentos — evidenciada pelo pedido de votação em regime de urgência sob a alegação da proximidade do período eleitoral — levanta suspeitas sobre as motivações por trás dessas propostas. Essa urgência em aprovar reajustes tão significativos, sob a justificativa de restrições eleitorais, pode ser interpretada como uma tentativa de garantir benefícios próprios antes de eventuais mudanças no cenário político.
A atitude da Mesa Diretora reflete um cenário em que os interesses pessoais e de grupo parecem sobrepor-se aos interesses coletivos. Essa situação é emblemática de uma cultura política que necessita ser revisada e questionada pela sociedade. Os representantes eleitos devem lembrar-se de que sua principal função é servir ao público e gerir os recursos da cidade de maneira responsável e equitativa, e não priorizar o auto interesse.
A realidade é que aumentos salariais para políticos, especialmente quando propostos em magnitudes tão elevadas, deveriam ser acompanhados de um debate amplo e participativo, envolvendo a sociedade civil e levando em consideração o contexto econômico mais amplo. Tais decisões não deveriam ser tomadas apressadamente, menos ainda sob a justificativa da eleição.

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