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Dolarizar ou não dolarizar os investimentos?

Olá, amigo leitor. Em nossa última conversa falamos sobre duas notícias positivas da economia brasileira que foi a melhora do rating da dívida brasileira e o começo da redução da taxa Selic. Talvez tenhamos comemorado um pouco cedo porque o petróleo nesse meio tempo voltou a subir fortemente e a Petrobrás precisou ajustar o preço dos combustíveis novamente, fazendo com que os preços subissem, pressionando a inflação e talvez segurando um pouco o ritmo da redução da Selic.
E qual o impacto de uma Selic na nossa economia? Já conversamos um pouco sobre isso recentemente e explicamos que financiamento de automóvel e financiamento imobiliário são severamente afetados pela Selic e tem também as empresas que contrataram linhas de crédito em que a taxa de juros é pós fixado, acompanhando assim a flutuação da taxa Selic, ou seja, quanto maior a taxa, maior os juros que essas empresas precisam pagar, o que aumenta o tamanho de suas dívidas podendo chegar ao ponto de fazer com essas empresas passem a enfrentar dificuldades financeiras e assim perder a capacidade de investimento. No pior dos cenários a empresa ainda pode vir a quebrar e, acredite, muitas empresas no Brasil correm esse risco hoje com a nossa atual taxa básica de juros.
E o que podemos fazer para mitigar esses riscos, mesmo nós meros mortais que às vezes não temos dinheiro no bolso? Por efeitos de curiosidade é algo interessante de se conhecer. É para onde muitos dos que possuem melhores condições costumam mandar parte de seu capital a fim de proteger seu poder de compra e patrimônio. Em situações em que a economia está em fase de degradação acaba sendo algum comum entre os cidadãos protegerem seu poder de compra trocando seus rendimentos em moeda local por moeda forte para se proteger dos efeitos da inflação assim como os argentinos fazem.
Há uma preocupação de que o Brasil acabe se convertendo em uma Argentina ou uma Venezuela, onde o dinheiro local perdeu muito da sua capacidade de compra, assim como também a evolução da tecnologia tem permitido que se compre moedas estrangeiras com o uso aberturas de conta no exterior por meio de aplicativos de celular, com processo simples. Além de todo o processo ser feito digitalmente você consegue comprar o dólar na cotação de dólar comercial em vez do dólar turismo, sem falar da menor alíquota de IOF. Hoje, para quem viaja para o exterior, é mais interessante a abertura de conta nesses aplicativos do que utilizar o limite do cartão de crédito uma vez a diferença de custo final entre usar o cartão de crédito e o cartão de câmbio podem chegar à 7%.
No momento atual é interessante que comecemos a conhecer um pouco mais sobre essas alternativas. Como o Brasil não é um lugar para amadores, aprender formas simples de proteger o nosso patrimônio é uma estratégia inteligente.

Até nosso próximo bate papo!

Vida longa e próspera!

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