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Por quê?

Eu gosto de chocolate.

Há um tempo compro chocolate quando encontro o qual gosto, em promoção.

O da predileção anda sendo um que vale muito mais do que pesa e até o pegá-lo parece que o peso dele é maior do que indica a embalagem.

Ando perseguindo promoção deste chocolate. Ele é mais amendoim e caramelo que chocolate propriamente dito. Um caramelo suave, aliás, pois os pesados e extremamente doces me desagradam, chegam a queimar a garganta de tão doce que são, não gosto não, verdadeiramente abomino.

Tem uma loja no centro da cidade, bem próxima ao meu trabalho que sempre o vende por bons valores. E é lá que costumo abastecer meu “estoquinho”.

O mercado do bairro fez a sua promoção deste chocolate. R$2,39. Muito em conta, mais até que das ofertas da loja aqui perto.

Saí do trabalho, me dirigi ao bairro próximo de casa e feliz fui pegando o tradicional e uns de sabores, maracujá, morango, pé de moleque e o dark, que é a versão mais amarga que ao leite.

Vinte e oito chocolates estão devidamente armazenados por bom valor. Isso dura muito, como um a cada dois, três dias, tem tempos em que nem lembro que eles existem, mas gosto de saber que a oferta era realmente válida.

Por que estou contando isto?

Passo pelo caixa, converso e brinco com a atendente, acostumada que sou a isso. É meu jeito de ser, que aprendi com meu companheiro da vida, que faz a mesma coisa e sempre brinca muito com as atendentes em sua vez de passar pelo caixa.

Como faço vez em quando, termino de passar minha comprinha de chocolates, pago e digo a atendente, que observou admirada a quantidade de chocolates adquirida:

-Este é para você. – disse à ela.

-Moça, eu nunca ganhei nada aqui.Me deu vontade de chorar, aqui só ganho…

-Patada, não é? – perguntei.

Ela meneou a cabeça não concordando nem discordando e os olhos brilhavam, não um brilho bom e bonito, infelizmente. Chamamos a chefe dos caixas e avisamos que o chocolate que estava com ela era dado por mim.

Prossiga sendo simpática e desconsidere quem não o é, contigo. Não deixe que o mau humor de quem passa pelo teu caixa te contamine, está bem?

Sorriu, um sorriso entre triste e tentando ficar alegre, minha garganta me fez sentir um engasgo de leve e ela desejou que Deus me abençoasse.

Por que não se trata bem um indivíduo que recebe para nos auxiliar e faz perfeitamente o seu trabalho?

Nunca fui mal atendida num caixa de supermercado. E nunca vi alguém ser.

Concluam a “moral da história” com aquilo que lhes vai ao coração.

Deus te abençoe também, menina atendente do sorriso bonito.

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