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Salto registra 135 casos de dengue em três meses e bairros Salto de São José e São Pedro e São Paulo preocupam mais

O Departamento de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura de Salto informou que a cidade registrou 135 casos de dengue até o dia 22 de março. O número corresponde a 22% do registrado em todo o ano passado, quando foram observados 605 casos. O que mais preocupa são os pontos isolados onde há mais ocorrências.

A situação é pior, por exemplo, nos bairros Salto de São José e São Pedro e São Paulo, onde a maioria das residências possui alguma pessoa que foi ou está infectada. “A dengue na região do São Pedro e São Paulo não é um surto, como o agente da Vigilância Epidemiológica informou. Nós temos uma verdadeira epidemia aqui: 90% do pessoal está com dengue e alguns deles pela segunda vez”, afirmou o vereador Cícero Landim na sessão de Câmara de terça-feira (21).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), surto ocorre quando há aumento localizado do número de casos de uma doença. Uma epidemia, por sua vez, se dá quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, cidades ou Estados, porém sem atingir níveis globais.

Para combater o avanço da dengue na cidade, o Departamento de Vigilância Epidemiológica da Prefeitura, através do setor de Controle de Endemias, realiza a busca ativa de focos do mosquito Aedes aegypti nas residências, nebulização, comunicação sonora (carro de som), divulgação na Internet e redes sociais. Também há ações em conjunto com o Saae por meio de avisos nas contas de água e cartazes.

“Toda situação de Vigilância em Saúde requer atenção. A dengue é uma doença infecciosa, podendo se apresentar de forma benigna ou grave, causada pela picada da fêmea do Aedes aegypti, sendo as principais armas de combate a informação e a cooperação de todos. Compete à Vigilância Epidemiológica notificar e investigar os casos suspeitos de dengue, de forma contínua, promovendo uma integração entre as áreas de saúde, visando à adoção de medidas capazes de controlar ou impedir a transmissão e reduzir a gravidade e mortalidade da doença”, informou a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, enfermeira Ana Paula Aguirre.

Nesta semana, o governo do Estado lançou uma campanha de conscientização para combater mosquito Aedes aegypti, transmissor das doenças dengue, zika e chikungunya.

Números do governo de São Paulo dão conta de que 156 municípios do Estado estão em situação de risco por causa da dengue e que 249 estão em situação de alerta. Até fevereiro deste ano foram registrados quase 21 mil casos de dengue em 430 municípios de São Paulo, com 13 óbitos.

Em 2022, foram confirmados 332.139 casos de dengue, distribuídos em 617 municípios de São Paulo. Desses, 287 pacientes vieram a óbitos. Também foram registrados 934 casos de Chikungunya em 115 municípios do Estado. Em relação à Zika vírus, em 2022, foram registrados cinco casos.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prometeu uma série de medidas de prevenção e intensificar as visitas domiciliares para eliminar os criadouros do mosquito. A iniciativa faz parte do Plano Estadual de Contingência das Arboviroses Urbanas da Secretaria de Saúde do governo do Estado de São Paulo.

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