A sociedade idealiza tanto o casamento, que começa cedo, desde o primeiro encontro. A própria química do cérebro muda quando estamos nos sentindo bem, apaixonados, amados.
Justamente pelo casamento ser entendido como uma aliança duradoura, casar-se é visto como a comprovação não só do encontrar alguém especial, mas também da realização da união e plenitude nesse setor da vida.
Contudo, essa pressão tem um impacto muito maior em pessoas que estão com a vida desequilibrada e querem a todo custo uma solução imediata para os problemas vividos, muitas vezes de forma mágica e pouco adequada.
Foi o que aconteceu com Adauto, que começou namorar Izabele e com menos de três meses de namoro já queria se casar.
– Calma, disse ela, nós nem nos conhecemos direito. Eu acho que o seu pedido ainda é muito precoce.
– Imagina, disse Adauto, nos casamos e vamos nos conhecendo aos poucos, no dia a dia.
– Já que você quer assim, então vamos nos casar, disse Izabele.
Casaram-se e foram passar a lua de mel no nordeste.
Certa manhã estavam na piscina do hotel, Adauto executou um salto ornamental perfeito e Izabele não acreditou no que viu.
– Nossa, não sabia que você saltava tão bem assim.
Adauto respondeu:
– Fui campeão olímpico de saltos ornamentais.
Num determinado momento Izabele se atirou na piscina e nadou com uma velocidade impressionante.
– Caraca, que performance! Você também é campeã olímpica de natação?, perguntou Adauto.
– Não, respondeu Izabele. Eu era prostituta em Veneza, atendia a domicílio. kkkkk