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A palavra de ordem é planejamento

A secretária de Finanças da Prefeitura de Salto, Adriana Lourenço, informou a Câmara de Vereadores, na segunda-feira (27), durante a prestação de contas do terceiro quadrimestre de 2022, que o município registrou um superávit em torno de R$ 95 milhões.

O número chama a atenção, sobretudo por duas situações que se vê claramente no governo municipal hoje: a primeira é a preocupação em aumentar a arrecadação de várias maneiras e a outra o oposto disso, ou seja, a dificuldade em usar os recursos.

Diante de um excesso de arrecadação dessa ordem anunciada pela secretária e do cenário descrito acima, a conclusão a que se chega é a de que está faltando planejamento e antecipação de quadros que vão impactar a gestão de alguma forma.

A questão dos inúmeros buracos existentes no pavimento urbano, por exemplo, é uma que poderia ser atacada pela gestão. Imagina-se que seja possível prever que haja mais chuvas e consequentemente mais buracos no início do ano.

Se é assim, lá atrás se poderia planejar que houvesse um trabalho preventivo de reparo dos pavimentos mais danificados antes que as crateras se abrissem e que se colocasse também um reforço de pessoal para fazer os consertos quando elas surgissem.

Os equipamentos de turismo já existentes na cidade estão todos danificados. Não há um só à disposição dos turistas. Esse dinheiro serviria muito bem para isto. Até porque o turismo gera empregos e renda e é uma indústria que Salto tem naturalmente.

Enfim, o planejamento também pode suprir a necessidade que o governo tem tido de investir os 25% do orçamento, exigidos por lei, na educação, principalmente porque isto refletiria em benefícios de médio e longo prazos para a cidade em uma área fundamental.

Se as autoridades não se planejarem para utilizar os recursos, de nada adiantarão o superávit, o programa de parcelamento de dívidas que está em análise na Câmara e tampouco eventuais recursos auferidos com a premiação do pagamento em dia do IPTU.

Não seriam só os problemas surgidos cotidianamente como os citados acima que poderiam receber uma solução mais fácil com o planejamento, o próprio Buraco da Barra não teria chegado aonde chegou, pois mais de um ano é tempo demais para tapar um buraco.

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