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Controlar o pânico

A sequência de ataques e ameaças nas escolas de Salto, do Estado e do país nas últimas semanas tem tirado o sono de professores, funcionários, pais e alunos -e não é à toa, haja vista o que se observou recentemente-, mas é preciso manter a calma e controlar o pânico.
De nada resolverá a nenhum desses segmentos dar espaço para esse sentimento, ainda que as autoridades se mostrem lentas para a tomada de medidas que possam resolver ou ao menos minimizar o quadro enfrentado em todas as escolas, sejam públicas ou privadas.
Sobretudo porque as soluções não se restringem ao município. Há necessidade de medidas em todas as esferas de governo. Além disso, é fundamental a participação ativa dos pais e responsáveis. Não há outra maneira de enfrentar o problema se não for pela união.
Neste momento, todos devem se atentar para a disseminação desses discursos de ódio, das mensagens alarmistas e da exposição de casos. O que os delinquentes querem é a fama. A imprensa já está restringindo isso. Precisamos repetir o bloqueio nas redes também.
Viver em sociedade implica respeitar o outro, dar valor à vida do outro. Não se pode dar vazão ao que se vive nos joguinhos de internet, onde nada é real e quem morre não morre de verdade. O controle vem de todos nós. Precisamos agir evitando compartilhar, olhar ou seguir.
Afora isto é cobrar o governo federal por uma nova regulamentação que permita a retirada rápida e completa de materiais que disseminam o ódio em todas as plataformas e ela precisa ser rigorosa, pois é balela que as redes se autorregulam e que se preocupam com isto.
Os governos federal e estadual precisam apoiar financeiramente os municípios para reforçarem a segurança física, controlar abusos e conter o pânico, que grassa nas escolas e nos lares, principalmente de famílias mais pobres.
A cobrança também precisa ser regional e local. Esta semana 15 prefeitos se reuniram em Sorocaba e definiram dez ações imediatas, que envolvem formação, articulação e monitoramento e ainda vão se reunir com o governo do Estado para buscar recursos e apoio físico-operacional.
No município, o prefeito Laerte Sonsin Júnior (PL) anunciou a ampliação das equipes e rondas escolares e a implementação do botão do pânico em todas as escolas. Os vereadores também cobram essas ações e precisam ficar em cima para que elas saiam do papel efetivamente.

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