Outro dia estava trocando uma ideia com meu amigo Carlão Andreaza, que também é bom pra contar “causos”, aliás, herança herdada de seu pai, seu Hilário Andreaza (in memorian). Seu Hilário tinha muitas histórias engraçadas, era amigo do meu pai, tinham um caminhão, viajavam muito por esse Brasil a fora. Eu era criança, mas me lembro muito bem dele.
Seu Hilário tinha um cachorro da raça buldog, que se chamava “Raja”, era um cachorro ensinado e muito obediente, usava chapéu e óculos de sol, às vezes seu Hilário o colocava no volante do caminhão. Agora, imagine a cena, o cachorro de óculos de sol e chapéu, sentado ao volante do caminhão, não tinha um que não parasse pra ver de perto…
Seu Hilário foi para o Rio de Janeiro levar um frete e convidou o João “Navaia” (meu padrinho) que também tinha caminhão; João estava sem frete e de folga, aceitou o convite e foram juntos para o Rio, seu Hilário levou o “Raja” também.
À tardezinha pararam num posto prá abastecer o caminhão e comer alguma coisa, deixaram o “Raja” tomando conta do caminhão. Nisso, parou um guarda rodoviário com a viatura atrás do caminhão e quando ele passou pelo caminhão cumprimentou o suposto motorista, o guarda deu dois passos, parou e voltou, achou estranho o que ele viu… pois era o “Raja” que estava sentado no lugar do motorista, de chapéu e óculos de sol, o guarda entrou no restaurante e perguntou de quem era o caminhão Ford F7 com placa de Salto? Hilário se identificou e o guarda pediu prá ele mostrar o cachorro de perto. Seu Hilário foi lá, chamou o “Raja” e mandou-o cumprimentar o guarda…, o guarda ficou encantado e deve ter passado o rádio em outros postos rodoviários, porque cada posto que seu Hilário passava, os guardas mandavam ele parar, só pra ver o “Raja” de chapéu e óculos…
Aguarde que na próxima edição, na Parte II, a história é muito engraçada…